quarta-feira, novembro 09, 2005

To love again

Every night
Every day
I tell my heart
To forget you and to
Move away
Not to break
Anymore
But, oh, no matter
What I say
You're so deep in my mind
There's no way to leave this love behind

It used to be
I believed
I could go on
And find someone to
Rest upon
Anyone, anyone
Soon I found
There was no other
There you are
Framed against the sky
You are my life
And I pray for when
You will be mine
To love again

I see the rain
In the sky
And I see your face
Through every tear that I cry
Whith every breath
And every sound
I can hear
Another voice and swear that
You're around
And every word is clear'
Cause I know
The memory won't let go
Until you're mine
To love again

Who's to say what lives in the past
Who's to say that love won't last
Time's been standing still
Waiting so patiently until
Until that one day when
When I will have you
To love again

And there you are
Framed against the sky
You are my life
And I pray for when
You will be mine
To love again

Original Lyrics Lara Fabian

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terça-feira, novembro 08, 2005

Sinto...

Sinto qualquer coisa que não sei explicar, mas sinto... sinto que o Mundo banalizou o Amor... que o confundiu com outra coisa qualquer... numa ânsia de querer mais, de perfeição (?), perdeu-se a noção do que é Amar...

Sinto que o Amor é diferente do amor, sinto que Amar é Dádiva, Entrega... que arrebata,... que nos aperta o coração e nos rouba o ânimo até quase definharmos de angústia e de dor,... ou não,... que nos faz brilhar por dentro e libertar uma energia imensa luminosa, radiante, quando estamos perto um do outro,... sem saber explicar como nem porquê!

É sentir as alegrias e as tristezas do outro e rir com ele e sofrer com ele, mas é também ultrapassar barreiras com ele, barreiras da vida, barreiras do ser, barreiras do estar! E depois nascem coisas,... dessa Entrega, dessa Dádiva,... nasce comunhão, cumplicidade, nasce futuro...

Sinto, muito além do que possa pensar, que sentir tudo isto condiciona o meu ser... sou apaixonada! Não só porque estou, ou porque já estive, mas apenas porque sou!! Preciso de Paixão para viver, para pensar, para respirar... pela Vida,... pelo Homem,... E preciso de Amor, dessa entrega desinteressada, de apenas Amar... porque sim... sem meter a Razão na equação, sem necessidade de pensar o porquê,... porque me entrego, porque me dou, entrego-me porque sim! Entrego-me porque Amo!! Pronto, e depois?? Venham lá dizer que não é assim!! Que só nos podemos entregar a quem nos Ama também! Tretas!! Digam lá ao coração, ou seja qual for o orgão que rege estas coisas, para deixar de sentir... levam uma corrida de três em pipa, é o que é!! E com sorte ainda se vira o feitiço contra o feiticeiro e nos enredamos ainda mais nestas malhas... Sente-se e Pronto!!! Corro o risco de raiar a piroseira, mas é uma "coisa cósmica"!! De dimensões avassaladoras!! Diria mesmo assustador, se não soubermos o que fazer com tudo isso!!

A sorte, a verdadeira sorte, ou melhor, a Felicidade é encontrar quem nos Ama da mesma forma, com o mesmo sentir... não é o sonho de cada criança? Encontrar alguém que, como nos contos de fadas, nos fará felizes para sempre, apesar dessa felicidade ter sempre um início tortuoso, sofrido,... mas essa parte não entra nos sonhos das crianças... não entrava nos meus!

Mas é preciso Acreditar!! Que é possível, que existe! Que esse sentimento existe e que cada um de nós, muito mais que merecê-lo, tem direito a ele, pelo simples facto de existir!! Encontrar alguém assim é o desejo de qualquer um... mesmo que escondido num outro desejo qualquer... é a diferença entre a Completude e a Incompletude!!

Amo.

E se me vierem dizer que devo seguir em frente... eu sigo, é para lá que me dirijo, para o futuro,... mas não vou deixar de ser quem sou, de sentir o que sinto, por quem sinto, e quando sinto...

Sou talvez louca por continuar a acreditar que vou mudar o Mundo que me rodeia, por continuar a acreditar... não me conformo, não está no meu Ser!!

Sei bem o que quero, demorei muito sofrimento para aqui chegar, e NÃO ARREDO PÉ! Sou dona do meu querer, do meu sentir, e já não tenho medo do que sofri, dos dragões que combati,... das lágrimas que chorei, nem das que não chorei... nem das que chorarei...

A Vida é tão tremendamente frágil, tão fugaz... que se não fosse o Amor, se não fosse o Amar... nada valeria a pena!
Por isso espero...
que um dia... possas voltar, Meu Amor!!
ASST

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domingo, novembro 06, 2005

Há Palavras Que Nos Beijam...

Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.

Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.

De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas, inesperadas
Como a poesia ou o amor.

(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído
No papel abandonado)

Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.

Alexandre O’Neill

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sábado, novembro 05, 2005

Quando o Amor é Verdade...

Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas. Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la. Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível. A culpa é minha. O que for incompreensível não é mesmo para se perceber. Não é por falta de clareza. Serei muito claro. Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo. O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.(...) Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo? O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também.

Elogio ao amor (Miguel Esteves Cardoso - Expresso )

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